segunda-feira, 13 de julho de 2015

A mais eficaz defesa contra a depressão

Leonardo da Vinci Estudos para a cabeça de dois soldados

“A melhor e mais eficaz defesa contra a depressão é a paranoia: a defesa à fase anterior da relação de objeto.”…”(Matos 1981)

Esta agressividade dirigida para fora é a melhor e mais eficaz defesa contra a recusa a entristecer e se colocar em questão, que poderia levar à autodestruição.
Vive-se, como se não se conseguisse identificar o ressentimento e a raiva, insuportáveis, mas que criam um estado de tensão que atravessa tudo, a exigir descarga de emergência, projetada nos outros, como se eles fossem a causa do seu sofrimento.
Não se tenta perceber porquê, podem pensar o que quiserem, os outros são o inimigo, os exploradores, aqueles de quem se deve suspeitar e com quem se tem de reagir, intensa e persistentemente. A angústia acalma assim que é encontrado o outro/objecto que atemoriza.
A maior esperança é que  “…(os outros) se corresponsabilizem pelos seus impulsos e não se limitem a criticá-los por causa deles” (Domingos Neto).
O único conhecimento que se tem de si próprio é o que advém desse controle e sobre o qual se ergue o culto do eu.